Muitas pessoas passam horas na internet à procura de ferramentas para aprender inglês rapidamente. Não há uma fórmula mágica, mas existem estratégias que facilitam muito o processo.
Objetivo
Cada vez mais as pessoas aprendem inglês porque acreditam que em algum momento vão precisar dele. Muitas pessoas não precisam do inglês para trabalhar ou comunicar com amigos, mas somente quando viajam e num nível básico. Isto deverá ser o suficiente para aprender. Contudo acreditamos que o objetivo deve ser sempre mais ambicioso.
Se este for o seu caso, pense nas outras oportunidades que esta língua lhe pode dar. Pense como ela pode tornar uma viagem mais agradável e interessante. Igualmente, pense na oportunidade de conhecer pessoas novas e até de passar algum tempo num país anglófono.
Por outro lado, se para si o inglês já é uma necessidade pessoal ou profissional use isso como motivação. São se pressione, pois tudo requer tempo e estudar um idioma só faz sentido se o fizermos até um nível em que o possamos usar. Não veja as pessoas como avaliadores, mas sim como seguidores e apoiantes do seu progresso.
Hábitos
Este tópico é o mais elementar, mas é sempre bom lembrar alguns.
Um deles são os apontamentos. Apesar de darmos todo o material necessários aos alunos, cada um tem a sua própria forma de organizar a informação. Por isso é sempre bom ter dois cadernos: um para gramática e outro para vocabulário. Não use folhas soltas, pois são fáceis de perder. Tirar notas ajuda a organizar a informação cronologicamente e a consultá-la mais rapidamente. Além disto, poderá rever os conteúdos a qualquer momento.
Procure analogias com o português. Os adultos aprendem bem por associação. Tente encontrar coisas em comum entre as duas línguas e também “falsos amigos“. Isto vai poupar bastante trabalho, pois como dizemos, uma parte do inglês o aluno já sabe antes de começar a estudar.
Os verbos também devem ser conjugados oralmente no tempo livre, repetidos como um trava-línguas. E não se esqueça de repetir juntamente com o pronome: eu faço, tu fazes, etc. Se pronunciar o pronomes, será mais fácil lembrar as formas verbais necessárias como um poema.
Pense em inglês
Imagine diálogos na sua cabeça. Isto é muito eficaz por diversas razões. Primeiramente, ajuda a trazer à mente aquilo que já aprendeu e a pôr em prática. É uma forma de praticar e de se preparar para diferentes situações que possam surgir. É também uma forma de autoavaliação e de compreensão das prioridades, nomeadamente do que já sabe e do que ainda precisa aprender.
Isto remete-nos para a última dica: pense em inglês. Frequentemente quando as pessoas formulam frases oralmente ou na sua cabeça, primeiro formulam em português, e depois traduzem para inglês. Então, não traduza. A fluência só é alcançada quando a pessoa deixa de pensar na sua língua materna. Use o que já sabe e, por exemplo, fale sobre si, depois sobre a sua família e sobre o mundo ao seu redor. Fale consigo mesmo, brinque e fantasie, escolha palavras simples para falar de coisas difíceis. Por exemplo, se não sabe dizer “padaria” em inglês, pode dizer “onde fazem pão”.
A compreensão oral
Sendo verdade que se aprende muito a ouvir, é igualmente verdade que a compreensão oral pode ser o maior problema dos alunos. Isto porque normalmente os alunos começam por aprender vocabulário e gramática e depois tentam compreender textos. A conjugação verbal da língua inglesa é bastante simples. Assim, é relativamente fácil começar a formular frases e expressar ideias simples. Por exemplo, nos nossos cursos os alunos fazem-no logo na primeira aula.
Então qual é a questão da compreensão oral? Por certo, para podermos manter uma conversa, temos de compreender o interlocutor. Frequentemente chegam-nos alunos com boas bases gramaticais e de vocabulário. Alguns até se expressam oralmente. Contudo, não conseguem manter uma conversa por limitações na compreensão oral. Como resultado, surge a frustração e a ideia de que o inglês é difícil.
Portanto, comece a trabalhar esta componente desde o primeiro dia. Primeiramente, prefira diálogos simples, adaptados a iniciantes e vá aumentando gradualmente a dificuldade. Pelo contrário, canções e filmes são pouco úteis numa fase inicial. Trata-se de um trabalho maioritariamente passivo, que foge um pouco ao controlo, mas que tem de ser feito desde o início. Contudo, se for feito, potenciará as outras componentes da linguagem e levará a resultados muito mais rápidos.
Revisão
Muito alunos, ansiosos por começar a falar fluentemente, buscam mais e mais informação. Frequentemente, a solução não estar em obter mais, mas em usar melhor. Então, volte atrás e, ao invés de repetir tudo de novo e da mesma forma, tente por em prática o que aprendeu.
Prefira, por exemplo, tarefas que exijam que crie uma frase a partir de um conjunto de palavras, escreva uma carta, responda a perguntas ou escreva um texto sobre certo assunto. Exercícios para inserir palavras ou verbos na forma correta são bastante limitados, pois o mais importante é expressar ideias. Tente dar respostas detalhadas, use palavras que ainda não usou. Escreva e fale mais do que um tópico específico exige de si.
Por outro lado, se ficou difícil aprender inglês, significa que tópicos mal entendidos se acumularam. E, curiosamente, tem de se esforçar ainda mais e encontrar esses tópicos. Assim, peça ajuda a um professor para lhe explicar e, assim que compreender, use-o. Simule situações práticas (roleplay) com o professor e/ou colegas.
Próxima aula
Também recomendamos olhar para os tópicos que estudará na próxima aula. Preste especial atenção aos tópicos de vocabulário e conversação. Muitas vezes não sabemos como responder a uma pergunta, mesmo na nossa língua materna. Portanto, é melhor formar a sua opinião com antecedência, se possível.
Conclusão
Partilhámos alguns conselhos que acreditamos vão ajudá-lo a aprender inglês! Não só a aprender inglês, como também outra língua se for o caso. Alguns são mais óbvios, outros menos evidentes. Contudo, todos se baseiam na nossa experiência que aqui partilhámos consigo.
Por fim, se tiver interesse sobre a nossa metodologia de ensino, leia o nosso artigo sobre o Método Comunicativo.